Coisas Malucas Que Já Vivi em Viagens
Quem nunca fez coisas malucas em suas viagens? Todos nós, aos 20 e poucos anos de idade, éramos uma versão idiota de nós mesmo. Isso acontece principalmente quando não temos ninguém nos vigiando.
Adorava viajar na época pré-máquina digital. Tínhamos mais liberdade, podíamos fazer coisas que hoje viralizariam no youtube. Essas coisas malucas que fazíamos podiam ser coisas que sempre tivemos vontade, mas falta de coragem. Mas hoje em dia, se todo mundo topa, todos nós ainda podemos fazer certas coisas sem noção.
Aqui vão 5 coisas mais malucas que já fiz durante minhas viagens (e não tenho vergonha de compartilhar, claro!)
Coisas Malucas #1 – Correr Pelado a -50 Graus Celsius
Mesmo já sendo na época de câmera digital, ninguém teve coragem de sair lá fora para tirar fotos.
Nos países árticos e na Antártida, essas coisas são comuns. Nadar em águas geladas e correr para sauna ultra quente etc, sempre acontece com bastante frequência! Uma coisa que não é muito comum é a temperatura cair para menos de -50 graus Celsius em Svalbard, na Noruega.
Quando isso acontece, alunos da UNIS (Centro Universitário de Svalbard), ficam só de gorro, luvas e botas e dão uma corrida de menos de 1 minuto. Mais tempo do que isso, corre o risco de hipotermia. Bem, quando eu estava lá, um desses raros momentos aconteceu e, então, me juntei à todos!
Meu, lógico que eu ia fazer isso! Mas já aviso que foi a única e última vez! Jesuis amado! Dói! Mas uma coisa que me muito boa dessas coisas malucas é o depois… entrar em uma sauna ultra quente depois de quase morrer de frio. Sentir a vida voltando para dentro de você… é muito bom!
Coisas Malucas #2 – Ser Batizado em Religiões Diferentes (sem intenção!)
Não planejei nenhum desses acontecimentos… mas como estava no lugar certo, na hora certa, acabou que aconteceu!
Desde pequeno, nunca fui censurado sobre qual igreja ir ou qual religião frequentar. Sendo meio curioso, sempre acabei indo em igrejas diferentes com os meus amigos. Assembléia de Deus, Igreja Batista, Católica (batizado desde sempre), Jesuíta, Islam, Budista etc… Já frequentei todas.
Ir à igrejas durante as minhas viagens se tornou algo comum. Os lugares são maravilhosos e, independente de qual for, curto bastante o ambiente de paz para refletir e dar uma descansada.
Mas o que aconteceu?
Aconteceu que, em uma das minhas viagens até Salvador, estava andando pelo lado B do Pelourinho… estava meio perdido, na verdade, quando fui chamado por um local para entrar nesse lugar, com bastante músicas e vozes. Fiquei meio assim, pois sempre me disseram o quanto o Pelourinho podia ser perigoso.
Booking.comBem, lá entrei. Todo mundo vestido de branco, pais e mães de santo espalhados pelo lugar, controlando o corpo do pessoal que estava incorporando espíritos. Me deram uma roupa branca, eu a coloquei. Entrei, depois de um tempo, pediram para eu me ajoelhar e passaram uma pomba branca. Molharam minha cabeça com água benta e fizeram as orações dele. Nesse momento, caí junto com o pessoal que estavam no chão. De repente, vieram ao meu redor e começaram a dançar e cantar… eu também dancei junto, sem saber o que eu estava fazendo, mas assim foi! Foi super legal. Daí, no final, me deram boas-vindas ao candomblé.
Depois de tudo acabado, o menino que me convidou para entrar disse que alguém lá dentro me viu e disse que eu era alguém importante da religião e pediu para ele me chamar. Sendo assim, fui batizado no Candomblé!
Meu, no momento, fiquei imaginando comigo “imagina se a minha avó fica sabendo disso”… Mas foi muito legal! Passei o resto do dia lá com o pessoal, comendo e bebendo um monte, saí com a roupa branca, uma sacolinha com as minhas outras roupas e me sentindo que fazia parte do lugar. E, realmente, fui!
Tinha virado filho de Olorum, seguidor de Oxalá. Gostei muito dessa experiência!
Também fui batizado na Universal… mas isso fica para outro dia… o teto caiu dois dias depois!
Coisas Malucas #3 – Nadar ao Lado de Um Iceberg
Também em Svalbard, teve um dia que decidimos pegar um barco e sair para dar uma navegada. Afinal, chegou a época em que o Sol apontou no horizonte.
Com o mar um pouquinho aberto para navegação, lá vamos nós passear um pouquinho.
Uns poucos metros da onde saímos, eu vejo o pessoal tirando a roupa e todo mundo ficando de cueca ou biquini. De repente, um dos caras pulou na água, uma menina foi depois, outra foi… e eu lá, todo encapotado, com um puta medo de pular. Eu olho para o lado, tem um iceberg ancorado. Todo mundo começa a me gritar para ir, eu dizendo que não… nesse vai e vem, pressão social superou o meu medo e lá vou eu!
Tive coragem?
Pulei de uma vez dentro da água, nadei desesperadamente para sentir um pouco de calor no corpo, bati a mão no iceberg e voltei o mais rápido possível para o barco. Passei sei lá quanto tempo (pareciam horas), tremendo, mesmo depois de seco e com todas as minhas roupas vestidas novamente. Essa foi uma das coisas malucas da qual eu me arrependi um pouco. Doeu!
Booking.comCorrer a -50 graus Celsius, comparado a pular em água salgada à 0 graus é fichinha… a física e o calor específico da água me traiu…
Coisas Malucas #4 – Andar em Ônibus depois dele ter Sido Baleado
Lembrem-se: Eu não fui baleado (quase), mas o ônibus foi!
Tudo começou durante a minha viagem para o Fórum Social Mundial em Porto Alegre, em Janeiro de 2005. Estava em Minas Gerais e decidi de última hora participar do evento, depois da minha irmã ter insistido um monte. Ainda bem que ela insistiu, senão não teria essa história para contar e também não teria participado desse grande evento.
Então, o Fórum Social Mundial era um grande evento. Reuniu mais de 250mil pessoas de inúmeros países. Dependendo da sua visão política, não era um evento tão bom assim. Enfim, não vou tocar na política e focar na história.
Como deixei para última hora, já não achava passagem nem para sair de Minas Gerais pelas próximas 2 semanas. Teria perdido o evento. Consegui um ônibus que estava indo para Niterói. De lá, ia para o Rio de Janeiro e, talvez lá, conseguiria um ônibus até São Paulo para tentar seguir viagem. Lembrem-se, era 2005. Orkut tinha acabado de nascer. Nada era comprado online ainda, ônibus muito menos.
Chegando em Niterói, vi um ônibus meio velho parado na rodoviária com um pessoal jovem na frente dele. Fui lá bater um papo para ver se conseguiam me ajudar. Adivinha? Estavam indo para o Fórum também! Perguntei se tinha um lugar no ônibus deles, eles disseram que não, mas dariam um jeito. Perguntaram se eu não me importaria de ir no chão do bus… “mas é claaaaaaaaaaro que não”. Pulei dentro do ônibus e fomos embora.
O Violão que Quase me Matou
Então, tinha um violão lá, daí todo mundo foi em direção da onde a música estava. Mal tínhamos saído de Nitéroi. Bancos ficaram vagos e aproveitei a chance para dar uma dormida. De repente, o vidro ao meu lado e do banco oposto ao meu se estilhaçam e os cacos caíram todos em cima de mim e do cara que estava no banco do outro lado do corredor.
Booking.comAlguém gritou: “Abaixem, é tiro!”. Do lado de fora do ônibus, tinha um grupo nos chamando de comunistas, atirando pedras e batendo do lado do ônibus. Deu o maior medo do Brasil! Todo mundo no chão e o motorista acelerou pelo acostamento. Chegamos na BR-040 e seguimos viagem. Todo mundo tremendo de medo e de frio, pois estava chovendo. Cobrimos a janela agora aberta com saco de lixo até chegarmos em São Paulo.
Chegando em São Paulo, procuramos uma vidraçaria para trocar os vidros mas, adivinha? Era 25 de Janeiro.
Essa viagem daria um post inteiro… mas por enquanto, só essa já está bom!
Coisas Malucas #5 – Comer Coração de Cobra com Bile
“O que?”, essa é a reação mais de boas que recebo. Para ser bem sincero, não vejo isso como uma das coisas loucas, mas todo mundo com quem eu converso vê, então aqui vai.
Em uma das minhas viagens pela Ásia, acabei passando por Hanoi, no Vietnã. Sempre foi um sonho visitar lá, mas tínhamos pouco tempo. Saímos de manhã, eu e meu amigo, mas o nosso dinheiro acabou. Voltamos para o hotel para pegarmos mais dinheiro.
Nisso, tinha um grupinho prontos para sair para um tour. Eles precisavam de duas pessoas a mais para fechar o tour, quando chegamos no hostel. Eles apontaram para gente e falaram “vamos em um tour?”, a gente, sem saber para onde estávamos indo, fechamos.
No meio do caminho, dentro da van, descobrimos que estávamos indo para o “snake village”, um restaurante especializado em carne de cobra.
Agora que pagou… o que fazer?
Bem, já estava indo e tinha pago por isso, então vamos que vamos. Nesse ponto da história, já estávamos viajando há 20 dias pela Ásia, comendo mal para caramba. Estávamos com fome!
Chegamos no restaurante, fomos ver a fazendinha de cobras lá e nos sentamos para comer. Eu já estava com o estômago ultra embrulhado só com o pensamento de comer carne de cobra. Daí começaram as coisas que não ajudaram muito. Coração de cobra ainda batendo com bile em um copinho. O que fazer com isso? Virar! Quase todo mundo comeu o coração, mas poucos tomaram a bile. Eca! Depois disso, ficou meio difícil conseguir comer.
Estava com fome, então decidir comer só o suficiente para matar a fome. Meu, que comida deliciosa! De uma pessoa com nojinho que não queria comer quase nada, comi MUITO! Salada de osso triturado, fígado de cobra, carne de rabo etc. Foi uma das refeições mais gostosas que já comi na minha vida!
Depois do almoço, e um litro de vinho de arroz, confesso que não lembro de muitas outras coisas….
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