Onde Visitar no Butão? Idéias Para a Sua Viagem
Onde visitar no Butão? Vocês já pagaram um tour para vir para o “País Mais Feliz do Mundo”… E agora? O que fazer? Onde visitar? O que são esses lugares?
Caso tenham visitado o meu outro post sobre como tirar o visto do Butão, vocês devem ter reparado que o itinerário da sua viagem será decidido pela agência de viagem, geralmente já pré-organizado, para não dizer reciclado. Isso significa que pegarão um itinerário típico para o número de dias que você visitará aqui e praticamente o empurrarão guéla abaixo. Mas também, o que você já sabe sobre o Butão para ter uma opinião informada?
Bem, nesse post vamos te orientar sobre os lugares a serem visitados no Butão! E assim, você pode você mesmo organizar o seu itinerário pelo Butão! Do seu jeito e com o que você gostaria de ver!
Seguem os lugares de interesse mencionados nesse post!
Onde Visitar no Butão
Nesse post, vamos escrever um pouco sobre vários lugares de interesse no Butão. Sendo assim, quando decidirem vir para cá, vocês poderão opinar sobre onde ir, o que fazer etc. Com todo o direito já que estão pagando uma pequena fortuna, acho que vocês devem, né?
Já tendo encontrado vários turistas por aqui, muitos reclamaram que os tours acabam cedo demais. Geralmente, depois das 4pm, vocês já não terão muito o que fazer. Esse post os ajudará a dar pitacos para terem a melhor experiência possível pelo preço que pagaram.
Então, vamos dividir o post em lugares de interesse em cada Dzongkhag (estado) e atividades para serem feitas durante a sua visita.
Onde Visitar no Butão: Paro
Paro será, muito que provavelmente, o seu ponto de entrada no país. Muitas pessoas acabam já visitando aqui antes de partir para visitar o resto do país. Retornam somente para visitar outras poucas coisas e ir embora. Paro tem alguns lugares obrigatórios para visitar, então, vamos lá!
Taktsang – O Ninho do Tigre
Dentre os lugares onde visitar no Butão, esse lugar dispensa comentários. É o ponto turístico mais visitado do país e, em alta temporada, é isso o que você vai ver: Turistas.
Mas isso faz parte da natureza do lugar, pois é maravilhoso! A caminhada até lá em cima, ascendendo 900m a partir do ponto de partida, faz dele um passeio bem bonito! Geralmente, a caminhada para o Taktsang é deixada para o último dia da sua viagem ao Butão, para fechá-la com chave de ouro!
Dentro do Taktsang, tem vários Prayer Rooms, ou Capelas, cada uma dedicada a um Deus que veneram. A história do porque ele existe é a seguinte: O Guru Rinpoche, Guru que introduziu o Budismo ao Butão no Século VII, veio ao país voando num tigre. Lá, ele espantou um demônio que vivia naquela montanha e meditou por 3 anos, 3 meses, 3 semanas e 3 dias. Lá, o Tigre fez seu Ninho nas entranhas da montanha. Se tornou o “Ninho do Tigre”. É o monastério mais sagrado do país.
Templo Zangdok Pelri
Após visitar o Taktsang, verão que tem um punhado de monastérios e templos ainda mais altos. O que é visto do Taktsang é o Templo Zangdok Pelri. Caso ainda estiver com energia, porque não pedir para o seu guia para dar um pulinho lá em cima?
A vista do Taktsang de lá de cima é maravilhosa, sendo esse templo muito bonito também. Reconheço que não é fácil, devido a caminhada até o Ninho do Tigre, mas vale muito a pena!
Talvez, você dê uma sorte e os monges que moram lá te convidarão para almoçar com eles! Acho que vale a pena correr o risco, né?
Templo Ugyen Tsemo
Um pouco mais além do Zangdok Pelri, tem mais alguns templos. Esse templo, também muito bonito, fica mais uns 20 minutos de caminhada morro acima. Pelas vistas do vale de Paro, acho que vale bastante a pena esticar um pouco a sua caminhada até lá em cima! Se você aguentou até agora, aguentará mais um pouco!
Por que ir até esses monastérios?
Muito que provavelmente, o dia separado para ir ao Taktsang será para fazer isso e só isso. Isso significa sair cedo do hotel, subir até lá e voltar para o hotel antes das 3pm. Depois, não vão ter nada para fazer. Exijam que esses templos sejam incluídos no seu itinerário. São duas horas a mais no seu dia, mas duas horas muito bem gastas!
Acho que querem mais lugares onde visitar no Butão, esse país maravilhoso, né?
Monastério de Bumdra
Agora, se o seu tipo de viagem é de aventura e trilha, então porque não seguir caminhando morro cima?
Por volta de 4 horas morro acima, depois do Ninho do Tigre, está o Monastério de Bumdra. O Monastério fica em um dos pontos mais altos do Vale de Paro.
O Monastério é frequentado principalmente durante velórios, pois lá é onde acontecem os rituais de cremação. Um pouco além do Monastério, montanha acima, tem as covas onde os corpos são cremados.
Mas, um pouco além do Monastério, morro abaixo, tem um camping site para você relaxar depois de uma boa caminhada. Você pode dormir por lá e seguir sua viagem no dia seguinte. O melhor dessa trilha é que o acampamento em Bumdra está inclusa na sua taxa diária para vir para o Butão, mas poucas agências oferecem essa opção.
Drugyel Dzong
Depois daquela caminhada até o Ninho do Tigre, mas agora dentro do conforto do seu carro, talvez valha a pena pedir para o seu guia levá-los até o Forte de Drugyel. Drugyel significa vitória. Esse forte está fechado no momento, mas simboliza um momento histórico na história do Butão. Zhabdrung Ngawang Namgyal (tem pinturas e estátuas dele por todo lado) veio do Tibet e unificou o Butão (pa pum essa parte da história, né haha). No século XVII, forças do Tibet tentaram invadir o Butão, mas Zhabdrung conseguiu derrotá-los e evitou uma possível anexação. Onde estaria o Butão hoje se não fosse por essa vitória, heim?
Bem, o Drugyel Dzong foi construído para comemorar essa vitória. Mesmo por fora, talvez valha a pena dar um pulinho lá.
Kichu Lhakhang
Nas proximidades desse monte de coisas mencionadas acima, tem mais um Monastério, lógico! É um dos templos mais antigos do Butão, datado do século VII. Adivinha quem o construiu? O Guru Rinpoche! E, aparentemente, escondeu vários tesouros debaixo das fundações do Monastério.
Esse templo faz parte de um grupo de 12 templos espalhados pelo Butão e o Tibet em volta do Templo Jo-Khang em Lhasa (templo que pegou fogo em 2018). Adivinha o que aconteceu?
Já que esse monastério faz parte de um templo ligado ao Tibet, o país ao norte diz que a fronteira chega até ele. A região ali perto chama “a fronteira”.
Paro Dzong ou Rinpung Dzong
Onde hoje é o Paro Dzong, existia um pequeno forte. Depois daquela vitória do Zhabdrung sobre o Tibet e a unificação do país, esse forte foi dado para o Zhabdrung. Ele destruiu a estrutura que existia e construiu, em 1644, o Dzong de hoje.
O Rinpung Dzong é o centro administrativo e religioso do estado, ou Dzongkhag, de Paro. Lá vocês verão vários monges fixados em seus celulares e pessoas usando a roupa formal do país.
Talvez vocês encontrarão o João Doria de Paro, mas nem saberão quem é, né?
Ta Dzong
Acima do Rinpung Dzong, tem uma estrutura um pouco menor chamada Ta Dzong. É uma sentinela que, nas épocas de instabilidade e guerra, era usada para avistar se o inimigo estava chegando. Existe um Ta Dzong próximo à todos os Dzongs do país. Fiquem de olho!
Geralmente, o Ta Dzong está fechado, mas vale uma foto por fora! Mas melhor ainda, de lá, tem umas das melhores vistas do Vale de Paro.
Museu Nacional de Paro
Quando colocarem isso no google, não acreditem na estrutura que verão. A maioria das imagens do google mostrarão o Ta Dzong como o Museu Nacional. Mas o Museu Nacional é uma construção de pedras atrás do Ta Dzong.
O Museu Nacional é um Museu predominantemente de máscaras. Todas as máscaras usadas durante o Festival Paro Tshechu ficam a mostra lá. Durante o Festival, só parte do museu fica aberto (mas é lógico), pois as máscaras estão sendo usadas! Mas não se preocupem! Vocês as verão ao vivo!
Caminhar as Margens do Rio
Uma coisa que muito poucas pessoas fazem é apenas andar as margens do Rio Paro. Ir molhar os pés em uma das águas mais puras do país.
Mas sugiro fazer isso rio acima, pois de Paro para baixo, tem bastante coisas misturadas, se é que você me entende!
Chelela Pass
Ainda bem próximo de Paro, a caminho de Haa, existe a passagem de carro mais alta do Butão. É um lugar com vistas fantásticas. Se o tempo estiver bom e limpo, tem vistas limpas e claras para a montanha mais sagrada do Butão, o Monte Jomolhari.
A passagem fica a 3988m de altitude e trilhas por lá pode chegar a 4500m de altitude. No ponto mais alto da trilha, existem campos de cremação, onde rituais religiosos acontecem após a morte de alguém. Prepare um casaco pesado e o fôlego para essa trilha, mas as vistas serão surpreendentes!
Ir Jantar e Tomar Hot Stone Bath na Ugyen Farmhouse
Já vou avisando: Esse post não é patrocinado! Colocamos ir jantar na Ugyen Farmhouse porque adoramos o Mr Ugyen e sua esposa… que também chama Ugyen (Mais sobre isso no post “Curiosidades do Butão”).
Então, essa Farmhouse é um uma fazenda com acomodações e hot stone baths. Toda comida plantada na fazenda é feita para consumo dos convidados. Antes ou depois do que, provavelmente, será a comida mais farta que você comerá no Butão, poderá relaxar numa banheira de pedras quentes.
Deixa eu explicar. As pedras do Rio são colocadas em uma fogueira para serem esquentadas à uma temperatura de 800 graus Celsius. Essas pedras são diretamente colocadas na água da sua banheira. Não se preocupem! Existe uma proteção para você não se queimar. Um quarto da banheira fica para o lado de fora, enquanto três quartos ficam para dentro. Você não verá quem coloca a pedra, nem eles te verão. Só ouvirão um toque na parede perguntando “More stone? (Mais pedra?)”, caso sua água estiver esfriando!
Meu, essa banheira é o meu paraíso na terra!
Onde Visitar no Butão: Thimphu
Provavelmente, o segundo lugar onde visitarão será a capital: Thimphu. Eu tenho uma relação de amor e ódio com a cidade devido a vários fatores. O principal deles é a ocidentalização do lugar. Hoje, visitar Thimphu significa visitar uma cidade como qualquer outra cidade do ocidente.
Tem lanchonetes, cafés, restaurantes, pessoas andando de calça jeans tomando coca-cola, falando inglês etc. Isso é um grande problema para o país, pois a nova geração Thimpap (quem nasce em Thimphu) não sabe mais falar dzongkha (o idioma oficial do país). O futuro será bastante interessante.
Mas mesmo assim, ainda tem muitos lugares legais para se ver! Lugares bastante Butaneses.
Buddha Dordenma
O Buddha Dordenma é uma estátua gigantesca construída para celebrar os 60 anos do Quarto Rei Dragão do Butão, o Jigme Singye Wangchuk.
Dentro dela, existem 100mil pequenas estátuas do Buda. É uma coisa de louco visitar esse lugar.
Dai você pergunta: “Mas um país tão pobre, como conseguiu construir algo tão grandioso assim?”. Então, a estátua é feita de bronze, mas interamente folheada a ouro.
A estátua, ou pelo menos o dinheiro para construí-la, foi dada por uma empresa chinesa. Lá vem o golpe…. mas mesmo assim, é um dos pontos turísticos imperdíveis de Thimphu.
Tashichho Dzong
Tashichho Dzong é o maior Dzong do país em termos de volume. É a sede do governo Butanês desde 1968 e também serve como residência pra monges durante o ano inteiro. Foi nesse mesmo ano que a capital do Butão mudou de Punakha para Thimphu. O Rei do Butão, como parte do governo, também trabalha desse lugar. Se derem sorte, talvez cruzarão com ele por lá! Hehehe! Duvido!
Mas o seu trono e seu escritório estão nesse maravilhoso Dzong.
O Tashichho Dzong foi reconsagrado por Zhabdrung. Sim, o cara que fez quase tudo até agora.
Monastério de Tango
Saindo do centro de Thimphu, passando pelo Tashichho Dzong e seguindo em frente, chegarão ao Monastério de Tango. O monastério foi construído no século XII e o nosso grande Zhabdrung, no século XVII, passou um tempo por lá meditando. O monastério é repleto de relíquias extramemente importantes para o país.
Mas então, o monastério hoje faz parte do Escola de Budismo no Butão Drukpa Kagyu, chamada Universidade de Tango de Estudos Budistas (Tango University for Buddhist Studies). Não, não tem professores de dança argentinos ensinando monges não (mas seria uma puta atração turística, né?).
A trilha até lá em cima é toda pavimentada, cheia de flores e mensagens. Mas também é repleta de macacos. Quando fomos pela primeira vez, quase morremos do coração quando aqueles macacos enormes quase pularam na nossa cabeça. Vixi…
Monastério de Cheri
Para ser sincero, ainda não fomos nesse, mas fica na montanha do outro lado do Monastério de Tango. Chegando na estrada para ir até Tango, já da para ver o Monastério no alto da montanha, também chamada Cheri. Também é um monastério dedicado a educação e adivinha quem o construiu? O grande Zhabdrung! Meu, ele não parava, né?
Mas é importante saber que não existe história do Butão sem falar dele.
Quando vocês verem um homem com barba pontuda nas pinturas e estátuas, é ele.
Comer Hamburguer de Yak com Cerveja Red Panda no “The Zone”
Depois de um dia de caminhada pelos monastérios e Dzongs de Thimphu, está na hora e parar um pouco e dar uma relaxada, né?
Novamente, esse post não é patrocinado (bem que podia). Mas no centro de Thimphu, tem um bar que se chama “The Zone”. Lá é um dos únicos lugares de Thimphu (pelo menos até onde eu sei) que vende hamburguer e costela de yak. Meu, é muito bom! Também é um dos poucos lugares onde vende a cerveja de trigo “Red Panda”, da primeira cervejaria estabelecida no Butão.
A combinação é muito boa, então insista com o seu guia para levá-los lá. Mas lembrem-se: Bebidas alcoólicas não estão inclusas na sua taxa diária!
Outros Lugares para Visitar em Thimphu
Existem bastante outros lugares para visitar em Thimphu onde, provavelmente, serão incluídos no seu itinerário. Esses lugares incluem o Memorial Chorten, o Museu Nacional Têxtil (National Textile Museum), Santuário de Takin (o animal nacional do Butão), caso você curta ver animais. Os primeiros dois valem muito a pena!
Tipo, muito! Principalmente o National Textile Museum, pois os panos butaneses são extremamente bonitos e esse museu está ajudando a reviver essa arte.
Dochula Pass
A caminho do próximo destino, Punakha, vocês terão que passar obrigatoriamente pela Passagem de Dochula, ou Dochula Pass. É uma passagem de montanha onde, em 2004, 108 stupas foram construídas em nome dos soldados butaneses que morreram durante a guerra civil de 2003.
É um lugar fantástico que, quando com tempo bom, dá para ver toda a fronteira norte do Butão com o Tibet, delineada pelos picos mais altos dessa parte dos Himalayas.
Lá também tem um monastério fantástico, chamado Druk Wangyal Lhakhang, mas invés de ter santos e tudo mais pintados na parede, tem membros da família real. Principalmente imagens do Quarto Rei do Butão, quem construiu toda a infraestrutura da passagem.
Onde Visitar no Butão: Punakha
Punakha é a antiga capital do Butão. Desde 1968, quando a capital mudou para Thimphu, Punakha, devido a sua baixa altitude, se tornou quase que um centro alimentício e refúgio de inverno do povo de Laya e Lunana (lugares extremamente frios). Devido ao seu calor durante o ano, comida cresce quase o ano inteiro. De lá, são distribuídas para o resto do país, principalmente arroz e algumas frutas, como banana e mamão.
Punakha Dzong
Meu, essa estrutura dispensa comentários. Dentro os lugares onde visitar no Butão, esse está lá no topo! É um lugar ultra maravilho, por dentro e por fora. Já foi o centro do governo do Butão e agora faz parte do governo local de Punakha.
Dezenas de monges moram lá, pois o Central Monastic Body (Corpo Central Monástico) está localizado atrás. Todos os monges do país, em algum momento de suas vidas, tem que morar por um período no Dzong de Punakha. Tudo isso como parte de seus estudos.
Ponte Suspensa sobre o Rio Po (Po Chu)
A maior ponte suspensa do país está localizada próximo ao Dzong de Punakha. Essa ponte é fantástica e, para o povo dos vilarejos locais, uma mão na roda! Essa ponte os economizam mais de 20km de caminhada. No inverno, ela fica particularmente mais bonita por causa das vistas.
Khamsum Yulley Namgay Chorten
Esse lugar achamos meio que por acidente. Uma vez, fomos para Punakha e um tiozinho nos pediu carona. Acabamos o levando até a sua casa, estrada adentro. O legal foi que vimos esse Chorten no alto da montanha, nos olhamos e falamos: “Bora lá?”, então assim fizemos.
Foram 30 minutos de caminhada, no começo por campos de arroz, até chegarmos. As pinturas lá dentro são maravilhosas, com uma estátua central enorme. Foi um ótimo achado para nós. Curtimos muito ter visitado lá. Além do interno, as vistas lá em cima são de tirar o fôlego!
Convento Wolakha
Certamente, acho que já viram bastante monastério e monges, né? Está na hora de ver algumas monjas. Esse convento, ou nunnery, é bem pouco visitado por turistas. Oferece uma perspectiva diferente para quem o visita. Existem lugares que não podem ser visitados lá dentro, que são exclusivamente para meditação.
A vista de lá de cima, como em muitos outros lugares do Butão, é espetacular!
Chimi Lhakhang
Dentre os lugares onde visitar no Butão, esse é um dos mais diferentes. Primeiramente, esse é o lugar das pirocas! Esse monastério é conhecido quase que mundialmente devido a sua excentricidade. É lá que você pode ser benzido por um falo de madeira e terá a benção da fertilidade.
É uma visita muito interessante, principalmente quando você leva os seus sogros para visitarem lá. Um lugar cheio de desenhos peculiares para nós brasileiros.
Para mais informações sobre esse monastério, entrem no nosso post sobre as Curiosidades do Butão.
Se Hospedar e Jantar no Chimi Lhakhang Homestay
Próximo ao Chimi Lhakhang, tem um pequeno homestay (casas de pessoas que alugam seus quartos, tudo de maneira tradicional). Está aí outro lugar com comida espetacular e pessoas maravilhosas que irão te hospedar. Eles te convidam para ficarem na cozinha tomando chá enquanto preparam o jantar. Um local cheio de histórias para contar num local bem especial!
Só uma pequena anedota: Quando fomos lá, tinha um casal de suíços e eles tinham quilos e mais quilos de chocolates suíços. Meu, quase chorei de alegria! Aqui no Butão não temos acesso à delícias açucaradas com muita facilidade.
Onde Visitar no Butão: Wangdue-Phodrang
Seguindo sentido leste, passará pelo Dzongkhag de Wangdue-Phodrang. É um dzongkhag bem charmoso, lotado de azaléias. A gente chega até a achar que é mentira, quando você vê uma mancha roxa ou vermelha no meio da floresta verde.
Phobjikha
Já fomos para esse lugar duas vezes. Cada vez que vamos, o achamos mais lindo!
O Vale de Phobjikha é um vale glacial. O que isso significa?
Lá já foi uma geleira enorme em forma de U. Conforme a geleira foi derretendo e se transformando em rio, foi levando sedimentos com ela. Assim, acabou esculpindo um vale maravilhoso.
Então, para chegar até lá, tem que passar pelas nuvens… literalmente! Acaba indo bem alto, passando por lugares onde existe uma névoa quase que permanente. Mas conforme vai descendo para o Vale, o tempo abre de repente. É um lugar de muito beleza, cheio de trilhas.
Durante o inverno, os pássaros cranes de pescoço-preto migram do Tibet para o Vale de Phobjikha. Eles chegam por volta da segunda semana de Outubro. No início de novembro, no Monastério de Gangtey, é celebrado o “Black-Necked Crane Festival”. São apresentaçoões que celebram as chegadas dos animais. Esse festival acontece por volta do dia 11 de Novembro, todos os anos.
E caso queiram ver os pássaros e irem ao festival, talvez valha a pena planejar a sua viagem para essa época, a melhor época, na minha opinião para visitar o Butão.
Em breve, terei mais o que falar sobre o Vale, pois faremos uma trilha de 4 dias por lá! Fiquem ligados aqui e assinem nossa newsletter no fim da página! Assim, vocês serão os primeiros a receber o novo conteúdo!
Onde Visitar no Butão: Bumthang
Bumthang é considerado por muitos um dos Dzongkhags mais bonitos do Butão. Me parece que tudo o que é de qualidade vem de Bumthang. Realmente, é um lugar muito bonito, mas preciso conhecer os outros estados ainda para ter uma opinião mais concreta sobre isso.
Em 2018, fizemos uma trilha de 5 dias em Bumthang, chamada a Trilha das Corujas (The Owl Trek). Passamos por vários vilarejos, conhecemos bastante o povo local e o ponto mais alto da viagem foi ter dormindo em um monastério. Achei isso uma experiência fantástica, mas tem que ter um QI para conseguir dormir naquele monastério. Mas nós temos! hehehe
Como parte da nossa trilha, também ficamos na casa de um dos meus alunos, o que foi uma experiência super legal mesmo! Curtimos muito interagir com o pessoal local, ainda mais sendo a família de alguem por quem eu sou diretamente responsável. Tivemos um tratamento de realeza lá!
Bumthang é um lugar especial para quem quer dicas sobre onde visitar no Butão. Mas isso requer custos extras, pois ou você terá que voar até lá ou terá que ficar mais dias. Mas se conseguirem, vale muito a pena!
Haa
Dentres os lugares onde visitar no Butão, Haa é um lugar onde eu não entendo o porque não é mais visitado. Fica bem próximo de Paro, é só seguir viagem quando chegar na passagem de Chelela.
Enquanto o país se abriu para turismo em 1973, Haa só recebeu o primeiro turista em 2005.
A região, por ter fronteira com a China e a Índia, ainda permanece ultra sensível, pois há disputa territorial com a China. De vez em quando, os exércitos da China e da Índia/Butão batem de frente por lá, pois a China sempre dá uma avançadinha.
Na região disputada de Doklam, que fica em Haa, a China construiu uma rodovia que leva diretamente à fronteira com a Índia, próximo a Sikkim. Essa é a primeira vez que a China tem acesso livre até uma fronteira Indiana. Para dois países que não se curtem muito, isso é algo bastante perigoso!
Mas enfim, Haa tem muitos lugares de interesse, como visitar as bases militares Indianas, templos e bastante trilhas legais para serem feitas. Vale a pena incluir Haa em sua lista de onde visitar no Butão.
Uma das trilhas mais famosas é a trilha de Meri Puensum. Meri Puensum são três morros sagrados, um ao lado do outro. Eles são vistos da Passagem de Chelela, caso não cheguem a ir até Haa. Os morros são os guardiões do Vale de Haa.
Os dois templos mais famosos de Haa são o Lhakhang Karpo (Templo Branco) e o Lhakhang Nagpo (Templo Preto). São lugares bem legais de se visitarem e, em breve, escreverei mais sobre eles.
Quando procurar lugares onde visitar no Butão, certifique-se de incluir Haa, mesmo que seja para ir e voltar no mesmo dia. Vale a pena dar um pulinho lá!
Gasa
Gasa é um lugar bem legal de se visitar. Quanto mais ao norte você for, mais remoto fica, pois estará indo Himalaias acima! Tive o privilégio de poder levar meus alunos para fazer uma trilha por lá.
Gasa
Gasa é um pequeno vilarejo dentro do Dzongkhag com o mesmo nome. Acampamos lá, numa região chamada Gasa Tshachu (Termas de Gasa). Nessa região, tem várias termas, com águas com temperaturas e propriedades diferentes. Foi bem legal ficar lá, me banhar naquelas águas com supostos poderes medicinais, ainda mais porque estava um frio do caramba.
Outra coisa que achei muito interessante foi que, mesmo com o pessoal butanês sendo, no geral, bem recatados e tímidos, as pessoas entravam peladas de boas. Pessoas de todas as idades. Eu não sabia para onde olhar, na verdade. Foi uma experiência interessante, pois nunca tinha passado por isso! Estarei mais preparado a próxima vez que eu for para lá.
Laya
Esse lugar merece um post só para ele. Ainda escreverei, prometo (assine nossa newsletter pra não perder quando o post de Laya sair).
Então, depois de Gasa, seguindo ao norte, Laya é o último vilarejo ao norte do Butão. É um dos lugares mais altos residido permanentemente por humanos. Também é um dos lugares mais isolados do mundo. Isso está mudando bastante rápido mesmo. Antes demorava 5 dias andando para chegar lá. Agora, são 2 dias de trilha para chegar lá.
O povo de Laya são o povo mais rico do Butão. Do que vivem?
Eles colhem um fungo chamado cordyceps.
O uso de cordyceps serve para várias coisas, mas principalmente como a Catuaba Butanesa.. hehehe. Dizem que tem poderes afrodisíacos. Um uníco cordycep da mais baixa qualidade chega a custar R$10. Um quilo desse fungo pode chegar a US$20mil (R$80mil).
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Eles só crescem durante o outono, então colhê-los tem que ser algo rápido. O dinheiro de um mês de trabalho pode render fortunas para o povo de Laya, que passa o resto do ano fazendo outras coisas. Às vezes, apenas não fazem nada.
Cordyceps tem um valor político extremo. Ele também é usado em medicina chinesa, então chineses estão pagando bem mais do que o povo de Laya e Lunana (outro vilarejo) recebem em leilões em Thimphu. Então, o povo está preferindo vender para Chineses. A Índia está injetando dinheiro nos leilões para conseguirem bater o preço pago pelos Chineses.
Mas por que um poder político? A China está ganhando a simpatia do povo do norte. Talvez não custa muito para a China tentar dizer que aquela região produz cordyceps para a China há séculos, então….
Trongsa
Bem, não fiquei muito nesse Dzongkhag. Mas ele tem o Dzong mais longo do país. Se caso estiverem indo para Bumthang, com certeza vale a pena parar para darem uma olhada, né?
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Parabéns pelo conteúdo! Conheci agora o site de vocês pesquisando sobre o Butão, e daí fui ler mais sobre vocês ali, deve ser incrível morar em um país destes
Olá João, tudo bem? Obrigada pelo comentário e com certeza aprendemos muitas coisas por ter a oportunidade de morar no Butão.
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